sábado, 14 de março de 2009

Debaixo dos caracóis dos meus cabelos.


Assim ele adormeceu. Era uma noite como qualquer outra, uma mulher como qualquer outra… Calma! Eu não sou uma mulher como qualquer outra. Sou a menina dos olhos dele. Além das curvas dos meus cabelos, outras curvas o encantavam. As das costas, das pernas, dos ombros… Enfim, todas as curvas que podiam ser vistas naquele quarto. E era comigo que ele sabia que tinha um lugar para repousar: debaixo dos caracóis dos meus cabelos.

*
Desculpem a minha ausência por aqui, mas é que meu lado escritora está voltando aos poucos!

sexta-feira, 6 de março de 2009

sonolência



Vai saber...

meus olhos que de tão pesados,
envolvidos de poeira e fumaça,
viu portal em cada janela,
e o que se passa?

Já foi...
O que se vÊ?
é filme,

incitando imagens do cubo gelatinoso translucido de areia em fogo,
do trincar de ossos no fundo do cranio alvoroçando conciÊcia plena,
entoa logo de longe um susto, de foto em foto fez-se vida ou morte,
no embalar do balançar de lá pra cá vai me levando e assim vou.
indo por dentro de mim quase nem sei, e ai pergunto, vai saber?
visões tortas de lucidez fria, é tudo um grande nada, lá vem esperança,
memoria morbida de solidez em duvida, linha tenua de sanidade e loucura!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

BRANCA...


A noite vejo o que há de mais belo e sublime nesse mundo,
a luz da noite, luar e estrela, que fresteando pelos cantos vazios da janela,
assim como o amor invade o caração repousando devagar na face da vontade minha,
chega simples e ilumina a imagem da perfeição, fico parado assustado sem ação, observo!
és bela... e seu corpo que dança a musica do mundo, mexe com os lençois e minha mente,
branca como as dunas de areia, alva e plena, anseio por te como o mar a praia, como sol a lua,
que sem freio não deixa um minuto de dizer em ato "amo-te" as ondas vem, as ondas vão... a luz,
que em seu olhar esconde-se atrás das mexas pretas, revela, se vela, revela, se vela
no ciclo continuo da sua respiração quente como mormaço desertico, um oasis repouso e paz...

Logo o sol chega, corro depressa como um ritual pra afastar o mal, o demonio que foge da cruz,
fecho as janelas como quem tenta aprisionar a noite, e minha luta é vã, ela se esvai...
meu erro, esse algoz do proprio, foi querer pra sempre, vendi minha alma e agora vivo um sonho!

ESPERO A NOITE...

sábado, 3 de janeiro de 2009

sócomigo...o mesmo

Posso andar por ai?
Em lugar estranho, explorar onde ninguém ousou chegar,
e se fosse só?
Por si mesmo com pernas fortes caminhando sempre a frente, até parar ao esmo á toa, vazio.
As vezes sei,
e logo me vem imagens, que não basta só um tudo, me sinto o mesmo... só comigo!
Aquele que um instante viaja sim, galaxias minhas mundos meus, quando só queria estar...
No fundo a morte de minha mente está em eu corpo!

Como um abraço que transpassa minhas costelas até tocar minha alma,
introspcção é não estar contigo...

Introspecção.

A maneira de observação interna é o que me faz assim. Às vezes, me sinto vazia. Não no sentido de não ter o que sentir... o meu problema é sentir demais. Sinto, sinto, sinto, sinto... Até quando sentir? Seria melhor agir. Ou não...